Paragens do Sonho


Antes que a brisa sopre o pensamento
E o querer vague longe noutro tempo
Fecho as frestas e janelas do desejo
Para os sonhos não fugirem meio ao vento.

E tranco tudo na mente e coração
Dispenso o depois, outro ambiente e estação
Tento barrar o insuportável anseio
No mundo _ o meu corpo imperfeito.

Voo no fundo, mais profundo que alcanço
E devaneio nas alturas, noutro plano
Recriando toda imagem desejada
Em poesia, aquarela desenhada.

De nitidez indefinida e mesclada
A paisagem do meu sonho é rebuscada
​​​​​​​​​​​​​​De sentindo e pensando chamuscada ​​​​​​​​​​​​​​
Feito as paredes da cabeça em escadas.

E o sobe e desce da emoção é intermitente
​​​​​​​Sonhos descem nas passagens da mente
E o coração segue os degraus em frente
Na contramão da razão de um ser vivente.
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Débora Muniz
Enviado por Débora Muniz em 18/10/2019
Reeditado em 18/10/2019
Código do texto: T6772541
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