De quando perdi meu chão

uma chance de encontro

num universo de um milhão

e nossos mundos foram sorteados

soltei os laços de aço

que me prendiam ao meu chão

numa automática autolibertação

foi um tempo sem tempo marcado

vi de perto o amanhecer

o nascimento da noite

entre luas e constelações fui sua estrela

quando quis apresentá-lo ao meu mundo

não havia outro mundo a pisar

caí nessa agonia onde orbito o caos

se um dia

cair de novo em minha mão

a chance, única em um milhão,

de sair deste espaço

vou torcer para recuperar meu chão

lá no meu mundo de aço

Maria do Carmo Fraga(MarianaMendes)
Enviado por Maria do Carmo Fraga(MarianaMendes) em 29/09/2019
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