UM JARDIM PARA PINTAR

Lago verde cristalino com estrelas pequeninas;

Onde as gaivotas voam pelo céu crespo;

Nas nuvens transparentes de um outono;

Num céu de anil que chove amor;

No meu corpo perolado pelas pétalas de rosa;

Azul carmim, cintilante amarelo, branco como a névoa;

E vão-se as gaivotas pela imensidão;

Do infinito céu azul;

Diante das tintas aquareladas;

Como um pintura em mármore;

Numa moldura perolada;

De ouro negro em pó;

Realçando uma tela aquarelada;

Num amor sem fim...

Os pigmentos naturais são relevos;

Os pinceis nadam no ar como bailarinas;

Perco as gaivotas de vista no anil;

O sol reluz a loucura do misturar;

O óleo em água no orvalho transmuta;

E desliso meu corpo nas ondas de cores;

Cintilando meu universo onírico;

Tornando-me conciso do meu mundo parente;

Nos versos e rimas me dou em prosa;

Ao mover-me me revelo na aurora;

Transformo-me em borboleta;

E vou atras das gaivotas...

Busco perdidamente o amor;

Que declamo em poesia;

Como uma sintonia sem fim;

Na ternura de um soneto;

Na candura de ser violeta.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 20/08/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6724449
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