Da Despedida

Escreva, no fundo da epiderme, o fim deste encanto!

Transcreva, no fundo da hipoderme: não há santo...

Prenda em sua memória, se capaz for, com adraganto,

o fim, ignore, leve este último piricanto!

Como um canto, a reprise deste encanto.

Com espanto, percebes que não há encanto?

Não há, entre os mortais, nenhum santo?

Princípios, jogue todos em algum canto!

O fim daquilo que tanto você negou...

O fim disposto do que tanto insuflou,

Devolvo-te sua atribulada rotina...

Não existe, percebes, maneira de voltar

Não existe, ligação, capaz de resgatar

Guarde esta canção, para algum dia arrebatar!