O "Amigo" do Vampiro
Alô Sérgio Botelho,
hoje a noite é lua cheia,
venha aqui em minha mansão,
pra sugar algumas veias;
Sei que o sol é escaldante,
e pra vampiro é um veneno,
por isso venha a noite,
no turno do clima amênuo;
Traga a vossa senhoria,
a condessa Botelho Alcântara,
a aterrorizante sanguinária,
e todas suas tarântulas;
Traga o seu melhor amigo,
o lobo da 'matilha' uivante,
marquês da lua cheia,
que se sente um gigante;
Pode usar a metamorfose,
meu caro conde Botelho,
saberei que é você,
por não vê-lo no espelho;
Quando entrar em minha mansão,
e pisar no assoalho,
você vai se assustar,
por se deparar com alho;
Vai tomar um coquetel,
com tomate e pimenta,
se ficar com muita sede,
na dispensa há água benta;
Se quiser dialogar,
com prefixo e sufixo,
no oráculo do sótão,
haverá um crucifixo;
Mas vou logo avisando,
você pode morrer sem maca,
se alçar vôo sobre mim,
vou lhe transpassar a estaca;
Sua esposa vou roubar,
com vestido e espartilho,
vai ser uma boa mãe,
pra Pietro o meu filho;
Pra matar seu escudeiro,
o lobo de longos cílios,
usarei bala de prata,
ao comprimir o gatilho;
Você será bem vindo,
com a condessa e o marquês,
se tentar alguma coisa,
de vocês "era uma vêz"!