INFINITUDE
quero hoje
o silêncio da vela
a sorrir com sua chama
morna e segura
a afogar-me
na temperatura da cera
aquecendo minha fé
quero o não-ser
do silêncio de volta
a me encantar
a me percorrer
no infinito do ser
em poros de luz
numa prece
que conduz
ao âmago
do amargo
que há em mim.