Ortodoxia
Os sonhos, demências notáveis!
É verossímil que sejam à toa
Tanta insônia
Para o tempo passar cinicamente
E ele nada sente...
Ah, se o amor fosse um parasita!
Contudo, é livre como a vida
Célula íntegra
Onerosa para almas desafortunadas
Dispersas e ousadas
Fala-se, planta-se, colhe-se, morre-se...
Há plantas que crescem sozinhas
Porque há vontade
Vão à cata do sol sob uma ideia torta
Pois não há brilho que não passe sob a porta
Que mundo estranho para os sonhos!
Desfragmenta o coração das borboletas
Um desleixo!
Que ortodoxia pensar e realizar
Tudo o que o Universo faz rodar!