POESIA MORTA

Minha poesia já nasceu morta,
pois morta está minha alma;
ela chora e se agita
porque está magoada;

Meus versos são sonâmbulos,
ninguém vai me despertar,
pois sabem que pretendo
dormir eternamente;

Minhas rimas se extraviaram,
não sei onde encontrá-las,
também, nem preciso delas,
quem precisa?

Quero deixar meus versos
à beira do precipício,
quem quiser, pegue-os,
ou deixem que voem;

Quem sabe fertilizam o solo
e assim crescerão
muitas árvores,
com frutos de poesia?
Fernanda Xerez
Enviado por Fernanda Xerez em 19/03/2018
Código do texto: T6284597
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