EXISTENCIA
Insisto em viver naquilo que sempre duvidei
E duvido que existo quando penso.
Logo, esquecer o que sequer lembrei,
É como recordar que nunca existi.
Imagino minha consciência em busca de mim.
Duvidando de minha existência por não ser lembrado.
Mas minha consciência insiste em achar-me,
Mesmo na incerteza de pensamentos imemoráveis.
E o que não existe só pode ser imaginado
Em recordações um tanto esquecidas.
Penso em não poder existir,
Entre tantas recordações em mim pensadas.
No entanto subsisto duvidoso em esquecidos pensamentos,
Me imaginando em recordações inexistentes,
Vivendo indubitavelmente em total esquecimento.
Por isso na dúvida, não penso – logo existo.