Miragens...

Um berço nu,

e a vida vestida respira feito gente grande

que não se conhece.

Uma criança sobrevive à infância.

Há pressa. Meu coração me diz bobagens interessantes,

fieis aos sentimentos de homem,

onde os mitos pintam-se de realidade,

não a que sabes, mas a que adivinho e vejo em ti,

meio à escuridão dos dias e em plena luz da noite.

Uma selva me batiza.

Se a esperança morrer, retornarei ao mar,

marujo de algum oceano,

fragata de algum pássaro sadio sem asas,

a caminhar nas frias areias da praia isolada,

cheia da neve das ilhas do deserto, perto de ti, longe de mim,

onde nem tu nem eu habitamos.