Sem Partilhar...

Palavras doces e amargas, contidas

Vestidas, perdidas, desassistidas

A minha voz, a tua voz, a nossa vez

Quem é então por ti, por mim, talvez...

Seja por nós, o pó que te fez, me fez, refém

Da dor de um só, coração amargurado

Repetindo incansavelmente: Amém!

Não sei, o ser liberto, agora emoldurado...

Traz no peito, um jeito único guardado

Exposto aos quatro ventos em outras ruas

Numa cidade longe, tão longe, asfaltado...

Cada caminho, da avenida até a lua.