LUTA DESIGUAL
As armas?
Que posso dizer das armas?
Eram desiguais
Eles eram tão diferentes
Tão diferentes
...
Ela, uma fada?
Se julgava amada?
Era inocente?
...
Não posso afirmar
Mas tinha um brilho no olhar!
...
Ele era durão
Parecia não ter coração
...
E ela descobriu
Ele não tinha
Ou se tinha era um coração defeituoso
Sabia ser horroroso
...
Passou-se um longo tempo
Décadas, décadas...
centenas, milhares
Milhares de anos
...
E eles voltaram
Mas leves de suas cargas
Os caminhos mais amenos
...
Ainda assim sofreram dores atrozes
Um do outro ainda algozes
...
E ela foi entendendo
Ele eu não sei se começava a entender
Era uma incógnita aquele homem
Um estranho ser
...
Perdia-se nas estradas do “viver”