Convém Assim Mesmo, dizer as palavras ditas que benditas, compõe em versos a unção, causada no orbe que cintila a orgia, a verve dos palavrões... Maturados nos lençóis pranteados por missivas ilusas, madurando as rimas craqueladas de amarguras! Lá vem ela a lua, vestida de sedução na magnitude da estrela que figura ao lado, Assim na sagacidade duma noite escura constelada de paixão, sem qualquer pudor
Sem qualquer remissão, então só resta Assim ao coração se entregar...
Ah! Como é mágica a lua.
Chega prateando a escuridão
Da noite que aborda vazia
Sufragando o cio incontido da emoção
Desce no mar azulado acordando a sinfonia
Das ondas nas areias da ilusão
Orquestrada pelo vento sussurrando a melodia
Que sentada na maresia assiste a alocução
As conchas que cintilam nos lábios da melancolia
Chorando perolas as lembranças duma paixão.
Ah! Como é mágica a lua,
Agasalhando sentidos gélidos de amargura
No rosto balizado da saudade nua
Que despe do ser o frenesi que afigura
No gotejar o sereno a curva da rua
Respingando a serenata composta de ternura
Que teima nos borrões ver refletida a lua,
Que prateou insone, penetrando a partitura
Perseguindo o Poeta que trilha vagindo da tua
Imagem, que na mente estampa a lerda criatura.
Ah! Como é mágica a lua!
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
16/3/2007
Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do-RN
AVSPE.
Cônsul Poeta Del Mundo - RN