Alegria de nordestino
Alegria de nordestino
Com meu cérebro em brasa,
Pelo sol escaldante do nordeste,
Elevo meus pensamentos aos céus,
E por alguns momentos, falo com DEUS.
Rogo-lhe que transforme essas árvores,
Esqueléticas e mortas
Em frondosas. E que nessas sombras
Esfrio meu cérebro, repouso minha cabeça
E se por acaso adormecer
E roncar, esqueça,
Mas não as sequem oh! Meu Deus.
Pelo menos, não nos sonhos meus.
Quero acordar com chuvas e trovões,
Cheiro da terra e todo molhado
E não pensar que estou
Sonhando acordado.
Quero lambuzar-me no barro no chão,
Sentir o frescor do cair da chuva
Que suavemente percorre meu corpo,
A confundir com o choro de um menino.
Refresca-me o cérebro, alegra-me a alma
Inunda-me, inebria-me com a calma
E sinto que a chuva é a alegria do nordestino.
João Pessoa-PB, 10/01/2016 Francisco Solange Fonseca