inquietou-se
desequilibrou-se
madrugada retalhada
boca cronicamente bêbada
 desespantos e nevoeiros
o vinho de ontem
os amores de anteontem
a adega tragada
  um chão e um cão
sob o teto apocalíptico
visões contorcidas
por fumaças cannabis
desativas
um estar desespelhado
não era fim
nem o começo
nem o meio
só uma página revirada
de pé ao acéfalo
convém existir
sem convêniências.
 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 26/07/2016
Reeditado em 26/07/2016
Código do texto: T5710252
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