Chove fino.
A lama da rua parece uma tela em movimento
a refletir insetos a voarem e tudo que há no alto,
a refletir o olhar da menina à janela fria,
sutilmente escura,
que busca, com os olhos ainda tépidos,
a própria imagem na inquietude da lama,
e contempla a vida em tons ferruginosos naquele estar pastoso,
ri dos ensinamentos dos homens e dos deuses
(pois que tudo é lama neste glorioso passar),
e, com um espanto e ternura,
encontra a própria imagem enlaçada a um zumbi,
pois que tudo é miragem neste trêmulo reluzir,
fecha a janela e dorme infinitamente.
...talvez para brincar em um quarto mínimo
com as tralhas de vaidade.
A lama da rua parece uma tela em movimento
a refletir insetos a voarem e tudo que há no alto,
a refletir o olhar da menina à janela fria,
sutilmente escura,
que busca, com os olhos ainda tépidos,
a própria imagem na inquietude da lama,
e contempla a vida em tons ferruginosos naquele estar pastoso,
ri dos ensinamentos dos homens e dos deuses
(pois que tudo é lama neste glorioso passar),
e, com um espanto e ternura,
encontra a própria imagem enlaçada a um zumbi,
pois que tudo é miragem neste trêmulo reluzir,
fecha a janela e dorme infinitamente.
...talvez para brincar em um quarto mínimo
com as tralhas de vaidade.