ENCLAUSURADA

Não sei por quanto tempo resistirá
No casulo presa às agonias, ela terá
Temerosas areias d'um tempo cruel
Grãos desferindo-a como rude cinzel

 
Cortando-a a alma por séculos ao léu
Ao redor, redoma de vidro transparente
Noites enclausuradas no inconsciente
Grita ela em desespero, um escarcéu...

Ó pobre errante, com alma de criança!
Presa às correntes da impiedosa vingança
Refém d' um passado c' uma só cobrança...
Recuperar o tempo perdido, como fiança.

Resgatar sua alma das noites sombrias
Conseguir asas novas para sua poesia
Libertar-se do jugo, almas em rebeldias
Só assim, saberá conquistar sua alforria...


17/07/2016
Ilustração: Google
Simone Medeiros
Enviado por Simone Medeiros em 17/07/2016
Reeditado em 17/07/2016
Código do texto: T5700729
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