Seus olhos azuis naufragavam
num mar de tristeza...
Você via as coisas mas
não enxergava
Havia uma miopia institucional.
Ficava imaginando suas lágrimas azuis
escorrendo nas faces rosáceas
E o quanto delas seriam necessárias
para semear alguma esperança?
Seu olhar era a mirada da dúvida.
Estavas estupefata
diante do abismo contemporâneo.
Do mundo líquido.
Não sabias navegar na mutação incessante
da vida.
Tudo que queria era apenas ter a dura
certeza dos dias.
E envelhecer com velhas crenças
até que a morte finalmente
libertasse dos grilhões
da fé.
Seus olhos desconfiados
observavam tudo
com a atenção nihilista.
Há uma ausência em seu olhar.
Há uma procura desesperada por afeto.
Por uma mão... um amparo.
Mas a retina guarda do mundo a luz
que permite ver...
as aparências.
Mas nem sempre permite ver
as essências
encrustadas profundamente
em cada ser.
num mar de tristeza...
Você via as coisas mas
não enxergava
Havia uma miopia institucional.
Ficava imaginando suas lágrimas azuis
escorrendo nas faces rosáceas
E o quanto delas seriam necessárias
para semear alguma esperança?
Seu olhar era a mirada da dúvida.
Estavas estupefata
diante do abismo contemporâneo.
Do mundo líquido.
Não sabias navegar na mutação incessante
da vida.
Tudo que queria era apenas ter a dura
certeza dos dias.
E envelhecer com velhas crenças
até que a morte finalmente
libertasse dos grilhões
da fé.
Seus olhos desconfiados
observavam tudo
com a atenção nihilista.
Há uma ausência em seu olhar.
Há uma procura desesperada por afeto.
Por uma mão... um amparo.
Mas a retina guarda do mundo a luz
que permite ver...
as aparências.
Mas nem sempre permite ver
as essências
encrustadas profundamente
em cada ser.