As Trivialidades da Crise de Identidade

Por dias eu passo noites em branco

Vasculhar as cinzas do que restou

Do negrume da mente que é franco.

Púrpurea emoção: assim eu estou.

Eu escrevo um punhado de existência

investida de cores desbotadas de vida

Minhas palavras são o alefe da resistência

Da essência que (ainda) não foi resumida.

A cada diálogo que faço-me acidental

Percebo monólogo ao que fico exposto

Uma crise de identidade (quase) proposital.

O decálogo não se desfaz neste rosto

Concebo análogo de uma certeza tal

Que perdi, do sabor de existir, parte do gosto.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 23/11/2015
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