As Trivialidades da Crise de Identidade
Por dias eu passo noites em branco
Vasculhar as cinzas do que restou
Do negrume da mente que é franco.
Púrpurea emoção: assim eu estou.
Eu escrevo um punhado de existência
investida de cores desbotadas de vida
Minhas palavras são o alefe da resistência
Da essência que (ainda) não foi resumida.
A cada diálogo que faço-me acidental
Percebo monólogo ao que fico exposto
Uma crise de identidade (quase) proposital.
O decálogo não se desfaz neste rosto
Concebo análogo de uma certeza tal
Que perdi, do sabor de existir, parte do gosto.