Não me acordem durante o Dia
Não me acordem durante o dia,
Mas despertem-me à meia noite
Quando a prata da Lua estiver fulgente -
Eis aí meu Sol incandescente!
Noite, o Dia não tem teu mistério;
Da luz nada se oculta – é tão óbvio!
Prefiro o lúgubre enigma do cemitério
E o silêncio a vagar dos mortos esquecidos.
Sob o manto do Sol quantas vidas trespassaram!
Quantos amores e quereres pairam agora no oblívio!
Estes mortos esquecidos só na noite repousaram:
Pudesse eles dizer, diriam: Escuridão, enfim, alívio!