Amarelo
Parece tudo amarelo
O sol, os prédios, as nuvens
Amarelo; amarelo manga, amarelo sem brilho
Pessoas, escritórios a pasta, os documentos
Tudo tão amarelo
Entranhas, estranhas, o fundo do olhar
Roupas a secar, o vento, o ar
Amarelo, amarelo ao soar dos uivos noturnos
Entre as armas intrépidas do coração alheio
O amarelo que invade a lembrança de ontem
Essa sensação de mostarda
Escorre no dia amarelo que se vai
Parece tudo tão amarelo
Talvez seja culpa dessas lentes
Talvez da pressão ou o antônimo
Amarelo...
O amarelar das coisas que me fazem andar
O mover do que me faz parar
Florença priori te faço amarela para me lembrar
Assim em doze tempos divido o amarelo que ao fechar meus olhos
Invadem meus pensamentos e tudo que consigo enxergar
É esse amarelo que parece aumentar
Amarelo
Então cheio de um enorme vazio tudo o que resta é amarelo
Tudo tão amarelo...