Poeta Assombrado.
Você não a consegue ver
Porque agora consegui tecer
Das soltas palavras vindas ao ar
Um “poemeto” sem graça
E logo a urdidura termine
Vocês logo vão entender!
É que este branco a avantesma,
Vaporosa, sem trama, indefinida.
Inerte, sem cor, nada a dizer...
Esta lauda, sem alma, sem vida,
Assusta-me, acabrunha... deprime!
Por não saber ficar calado,
As letras perquirindo falar por si...
A pena sempre ao lado
Eriçada por um tinteiro
No ambiente contíguo,
Olores de cravos e jasmins...
Todos se foram num repente
Sozinho de todos ausente
Tinha esta página pálida
Olhando fixo pra mim...