A DÚVIDA E O RUMO

Quando pego a tua mão

e vou puxando esse rumo

as pancadas me afetam

fico desnudo

e minha fé

afunda

Às vezes tua mão me cala

quando bate esse absurdo

de uma saudade sem porta

que afunda a paciência

da falta de fé

no palco da dúvida

A sorte não tem um rumo

A ausência não tem um palco

O espetáculo da angústia

é a falta que atiça o golpe

da sentença intolerável

que tua mão afeta

quando finda

minha fé

Eu sofro dessa dor

que esmaga a consciência

e representa a cena

no espetáculo incontestável

que acusa a paciência

na sentença da fé

que a dúvida finda

Eu acabo, no fim

com a dúvida da fé

na sentença da saudade

e o espetáculo do rumo

é a dor intolerável

que a fé alimenta

quando tua mão

é uma falta