APENAS UMA RAJADA DE VENTO
a luz do candeeiro apagou-se
repentinamente tudo escureceu
uma rajada de vento me fez estremecer
senti um arrepio, algo ia acontecer
no barraco a porta escancarou-se
e objetos foram ao chão com força
lá fora a chuva caía intermitente
entrando com o vento bastante insistente
fiquei paralisado sem saber o que fazer
mas mesmo no escuro fechei a porta
tateei em busca de fogo rapidamente
acendi o candeeiro, agucei a mente
procurei saber o que acontecia lá fora
pairou então um silêncio repentino
não sei o porque, algo inexplicável
até a chuva parou, foi formidável
eu pude então dormir sossegado