METANÓIA
Ervas perfumam a casa da minha mente!
Sob a luz auspiciosa da janela escancarada,
Contemplo o segundo horizonte do tempo.
Saboreio uma macarronada quântica de idéias
E estou muito feliz – extemporaneamente.
Minha vela está acesa nas duas pontas,
Para derreter a parte submersa do iceberg.
Meu satélite clandestino está conectado:
Capto em Vênus a beleza de Afrodite
E esculturas nas pirâmides de Marte.
Visitei os Jardins de Maitreya,
Para colher amor e sabedoria,
E libertei-me dos grilhões do ego.
Nú de tudo o que represento,
Descobri que existo eternamente,
Como um Deus que se finge de tolo,
No melancólico fluir da vida cotidiana.