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Das loucas palavras que fogem...


após atos insanos surge consciência aconselhadora
sibilando açoite e culpa...
ela, a guardiã do templo
que dá abrigo pela metade...

e não impede que prossigamos
engolindo estrelas e lambuzando lábios com o
néctar vertido da lua

vamos apetecidos
do que provoca desequilíbrio,
possuídos do espírito da poesia
que oferece doses alucinógenas 
não apreendidas pelos órgãos 
fiscalizadores das loucuras textuais.

oferece o ópio que moi sentimentos ósseos 
desaprumando pilares convictos da perfeita 
sustentação

entrega-nos aos devaneios
onde cada letra alonga-se, entre dedos, 
abrindo rotas pra cairmos no degredo,
oh, ela anima o prosseguir sem medo.

cada mistério que sopra,
são bocas milimetricamente
próximas, sussurrando versos
surpreendidos de nós, por estarmos
nus dos costumes que enfartam sentidos.

e, se nos alimentamos do que há
no céu e deixamos a leva por
conta do mar 
e vento estufando velas 
feitas de nós
tranquemos consciente alma imposta
do lado de fora,
para sermos loucos e livres 
do lado de dentro.

 
MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 05/08/2014
Código do texto: T4910504
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