Das loucas palavras que fogem...
após atos insanos surge consciência aconselhadora
sibilando açoite e culpa...
ela, a guardiã do templo
que dá abrigo pela metade...
e não impede que prossigamos
engolindo estrelas e lambuzando lábios com o
néctar vertido da lua
vamos apetecidos
do que provoca desequilíbrio,
possuídos do espírito da poesia
que oferece doses alucinógenas
não apreendidas pelos órgãos
fiscalizadores das loucuras textuais.
oferece o ópio que moi sentimentos ósseos
desaprumando pilares convictos da perfeita
sustentação
entrega-nos aos devaneios
onde cada letra alonga-se, entre dedos,
abrindo rotas pra cairmos no degredo,
oh, ela anima o prosseguir sem medo.
cada mistério que sopra,
são bocas milimetricamente
próximas, sussurrando versos
surpreendidos de nós, por estarmos
nus dos costumes que enfartam sentidos.
e, se nos alimentamos do que há
no céu e deixamos a leva por
conta do mar
e vento estufando velas
feitas de nós
tranquemos consciente alma imposta
do lado de fora,
para sermos loucos e livres
do lado de dentro.