Elevada Clausura.
Das flores sempre formosas
Uma destacou-se guardando sua flagrância
Isolada, triste. Muda na distancia!
Somente sol e chuva presentes
Até da brisa se fazia ausente...
Quando outras destilavam néctares
Banhando em orvalhos as pétalas
Ela a flor enclausurada, ausente,
Num mundo aquém dos sonhos ficara
Apática ao todo presente
Ainda que amarga, realçava colorida
E de mil cores pintava-se pelos dias
A qual deixava fugir a cada sépala perdida
Para os élfos um mistério, às ninfas, uma incógnita!
Tão longe de outras flores na sua essência esquecida.
Ao ermo selou sua vida...
As outras, escolheram os campos
Espargindo seus polens aos ares
Ela fechou-se numa redoma esquecida
Não via ao redor a beleza,
Apartou-se dos sonhos e da natureza.
Ocultando-se até de si mesma em bruma vil e enfadonha
Embora sendo linda guardou pra si a realeza
A flor mais bonita no mundo,
Entregou-se a uma profunda tristeza...
Cercou-se de seus queixumes
Deixou de exalar seu perfume.
Um dia um aventureiro
Vivendo em um mundo de sonho
Sem na vida pensar em nada
Apenas cantando sua poesia
Em suas andanças percebeu
Ali bem ao largo da trilha
A bela flor que se escondia
Embora o olor ausente,
Tanto encantamento se via que o poeta
Ali se deixou ficar admirando
Notou então que a flor chorava
E a cada lágrima pendida
Ficava mais e mais colorida!
Num impulso do momento fagueiro
Àquele emocionado aventureiro
Uma antiga cantiga entoou de improviso
E meio desajeitado a trouxe aos lábios
E um terno beijo lhe deu...
D’um instante a outro, um arco íris se acendeu
Diante desse novo cenário, todo o derredor mudou
O andarilho pasmo recuou nos perfumes ascendidos
Uma efígie se formou do nada e formosa fada surgiu
Era uma fada triste, sem sonhos, sem magia...
Logo que novo corpo assumiu
Uma voz suave e longínqua soou
Das entranhas da doce criatura,
Que naquela flor se escondia...
Ela agradeceu ao bardo por lhe despertar da clausura
Àquela que ela mesma criará.
Retribui ao estranho o beijo e sorriu...
Um par de asas translúcidas surgiu!
Ela, uma flor, uma fada rufou bem acima de tudo
Enlevando-se foi diante do atônito bardo
E cada vez mais alto no céu seguiu
Ate onde nasce à noite e lá se fez estrela...
Por onde andar o trovador nunca mais há de esquecer
A experiência inusitada, ao beijar a flor que era fada
Acrescentando mais uma estrela ao céu
Com sua luz mais linda e esplendorosa
De onde esta... Ela o vela...
Quem quiser vê-la também luzir
É só o céu a noite olhar
Verá uma estrela a sorrir.
O poeta agora se pode ver nas ruas
Ele, não canta mais para a lua...
Dedilha notas mortas e vazias
Sai pelas noites frias
Cidades, campos e desertos
Almejando, o céu chegue mais perto
E possa, enfim, beijá-la outra vez.
Uma destacou-se guardando sua flagrância
Isolada, triste. Muda na distancia!
Somente sol e chuva presentes
Até da brisa se fazia ausente...
Quando outras destilavam néctares
Banhando em orvalhos as pétalas
Ela a flor enclausurada, ausente,
Num mundo aquém dos sonhos ficara
Apática ao todo presente
Ainda que amarga, realçava colorida
E de mil cores pintava-se pelos dias
A qual deixava fugir a cada sépala perdida
Para os élfos um mistério, às ninfas, uma incógnita!
Tão longe de outras flores na sua essência esquecida.
Ao ermo selou sua vida...
As outras, escolheram os campos
Espargindo seus polens aos ares
Ela fechou-se numa redoma esquecida
Não via ao redor a beleza,
Apartou-se dos sonhos e da natureza.
Ocultando-se até de si mesma em bruma vil e enfadonha
Embora sendo linda guardou pra si a realeza
A flor mais bonita no mundo,
Entregou-se a uma profunda tristeza...
Cercou-se de seus queixumes
Deixou de exalar seu perfume.
Um dia um aventureiro
Vivendo em um mundo de sonho
Sem na vida pensar em nada
Apenas cantando sua poesia
Em suas andanças percebeu
Ali bem ao largo da trilha
A bela flor que se escondia
Embora o olor ausente,
Tanto encantamento se via que o poeta
Ali se deixou ficar admirando
Notou então que a flor chorava
E a cada lágrima pendida
Ficava mais e mais colorida!
Num impulso do momento fagueiro
Àquele emocionado aventureiro
Uma antiga cantiga entoou de improviso
E meio desajeitado a trouxe aos lábios
E um terno beijo lhe deu...
D’um instante a outro, um arco íris se acendeu
Diante desse novo cenário, todo o derredor mudou
O andarilho pasmo recuou nos perfumes ascendidos
Uma efígie se formou do nada e formosa fada surgiu
Era uma fada triste, sem sonhos, sem magia...
Logo que novo corpo assumiu
Uma voz suave e longínqua soou
Das entranhas da doce criatura,
Que naquela flor se escondia...
Ela agradeceu ao bardo por lhe despertar da clausura
Àquela que ela mesma criará.
Retribui ao estranho o beijo e sorriu...
Um par de asas translúcidas surgiu!
Ela, uma flor, uma fada rufou bem acima de tudo
Enlevando-se foi diante do atônito bardo
E cada vez mais alto no céu seguiu
Ate onde nasce à noite e lá se fez estrela...
Por onde andar o trovador nunca mais há de esquecer
A experiência inusitada, ao beijar a flor que era fada
Acrescentando mais uma estrela ao céu
Com sua luz mais linda e esplendorosa
De onde esta... Ela o vela...
Quem quiser vê-la também luzir
É só o céu a noite olhar
Verá uma estrela a sorrir.
O poeta agora se pode ver nas ruas
Ele, não canta mais para a lua...
Dedilha notas mortas e vazias
Sai pelas noites frias
Cidades, campos e desertos
Almejando, o céu chegue mais perto
E possa, enfim, beijá-la outra vez.
adonispoesiaseprosas.blogspot.com