Salto ornamental.

Foi-se a vida num pulo contente,

Na borda do altar, arroz, carnaval.

Quis a gente escrever poesia,

Rimar agonias, fazer vendaval.

Teve o dia inveja da noite,

Do ócio da gente que pode ser gente,

Que sabe sem lente ler o mapa astral.

Quis a fada mostrar suas coxas,

Brincar na piscina, afogar Peter Pan.

Veio à noite desposar a lua só pra se mostrar.

Quis a rima dois corpos unidos,

Sem nó ou gravata, sem saltos nem calças.

Perdendo a carteira numa acrobacia

Querendo se amar.

Buendia
Enviado por Buendia em 20/07/2014
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