Neblinas do Passado
Turva manhã em meio ao vale
Semblante de memórias esquecidas
Fantasmas vestidos de males
Realizados, reabrindo antigas feridas.
Intenso e quase sempre neblina
As casas fechadas resgatam mistério
Orações são parcelas divinas,
Imagens embaçadas em minérios
Lembranças adormecidas pela dor
O fluxo dos ventos prometem melancolia
Não há relatos de presença e amor
O passado se fecha, efetuando agonia
O dia não atravessara a névoa intensa
Devastara a vida que restara no templo
Orações não se faziam presença
Nem toque de luz, apenas sofrimento
Imagens passadas atravessam memórias
Os ritos antigos internalizam momentos
O tempo relevara sensíveis histórias
De um turvo destino, preso ao esquecimento
Despertado numa lembrança que seduz
Pequenos detritos se tornam relatos
Sou eterno caçador da piedosa luz
Na busca de memórias, presa nas neblinas do passado