Neblinas do Passado

Turva manhã em meio ao vale

Semblante de memórias esquecidas

Fantasmas vestidos de males

Realizados, reabrindo antigas feridas.

Intenso e quase sempre neblina

As casas fechadas resgatam mistério

Orações são parcelas divinas,

Imagens embaçadas em minérios

Lembranças adormecidas pela dor

O fluxo dos ventos prometem melancolia

Não há relatos de presença e amor

O passado se fecha, efetuando agonia

O dia não atravessara a névoa intensa

Devastara a vida que restara no templo

Orações não se faziam presença

Nem toque de luz, apenas sofrimento

Imagens passadas atravessam memórias

Os ritos antigos internalizam momentos

O tempo relevara sensíveis histórias

De um turvo destino, preso ao esquecimento

Despertado numa lembrança que seduz

Pequenos detritos se tornam relatos

Sou eterno caçador da piedosa luz

Na busca de memórias, presa nas neblinas do passado

Roberto William
Enviado por Roberto William em 27/06/2014
Reeditado em 27/06/2014
Código do texto: T4860427
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