Do Abstrato ao Absurdo.
Lembra-te daqueles olhos que voavam,
Carregando as cores das estrelas,
Eles adormeciam ao norte,
Mas ao amanhecer,
Raiavam mais que o sol.
Os versos silênciosos
Que se desprendiam deles,
Pareciam transitar entre o sonho e a realidade.
Mas poucos podiam ver,
Pois estavam adormecidos pela estase da realidade,
Os corações pulsavam no peito sem entender,
Os amores que nasciam e morriam
Sem que todos pudessem ver.
Mas aqueles olhos pequenos e radiantes
Que tudo podiam ver,
Se dissiparam no nada,
E para sempre fora embora,
Mas ninguém chorou sua partida,
Nem ao menos lhe mandaram flores,
Pois estavam ocupados demais,
Vendo as reprises inéditas da TV.