Do Abstrato ao Absurdo.

Lembra-te daqueles olhos que voavam,

Carregando as cores das estrelas,

Eles adormeciam ao norte,

Mas ao amanhecer,

Raiavam mais que o sol.

Os versos silênciosos

Que se desprendiam deles,

Pareciam transitar entre o sonho e a realidade.

Mas poucos podiam ver,

Pois estavam adormecidos pela estase da realidade,

Os corações pulsavam no peito sem entender,

Os amores que nasciam e morriam

Sem que todos pudessem ver.

Mas aqueles olhos pequenos e radiantes

Que tudo podiam ver,

Se dissiparam no nada,

E para sempre fora embora,

Mas ninguém chorou sua partida,

Nem ao menos lhe mandaram flores,

Pois estavam ocupados demais,

Vendo as reprises inéditas da TV.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 05/05/2014
Código do texto: T4795622
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