Poema da alma

Quando em sono os lençóis abraço,

De meia noite à oitava hora do outro dia,

Eu Estátua, pedra, intacto, aço

Banhado pelas malhas de horas sombrias.

A alma da carne solta

Vai-e-vem no transe das filosofias dos tempo.

Das lembranças até vãs momentos ia

À futura vida guiada pelas linhas do vento.

Voa, dorme, corre, dorme, acorda, dorme!

O espírito grita e recai sobre a alma

Ordenando ao mundo além "Dorme!"

Dois momentos, dúbia vida alva.

As matizes das cores no olhar incitam

Janelas humanas no rosto de quem encoraja a alma.