Mistério da Lua.




Flor que sois lua dourada
Gemando dos montes
Em noite escura...
Sobre pastagens debruçadas!

Logo que dos outeiros se erguia
O negrume em lume acendia.
Um corte profundo que sangra
Hemorrágica em noite fria,

Nas vidraças das janelas,
Os encouraçados, dos prédios
E becos tortos,
Da minha cidade vazia...

Ora em nuvens embalsamada
Ora, na mortalha do céu ornada.
Cravejada de diamantes
Velas como quem vela o silêncio

Sob o manto do rocio tardio
Se mira em noite alta
No leito manso do rio
Pálida, é a face da lua.

Nostálgica. Tudo empalidece...

Se aos amantes tu encantas
Com fulgor, enfim, aqueces...
Corações apaixonados.

Quem a vê jamais esquece!

Adonis Yehrow
Enviado por Adonis Yehrow em 24/03/2013
Reeditado em 31/05/2013
Código do texto: T4205239
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