Absenteísmo
Existe um mundo novo dentro da velha cereja
Um céu que resplandece na infinita cor violeta
Não eram tigres, mas tigresas dentro do olho de vidro
Dado ao criador morto, pelo meu mestre
Criador morto do grande rio de queijo
Pelo qual navego faminto na vastidão amarela
Lentamente sendo devorado pelas serpentes do rio
Sou só marionete, longos fios saem de mim
Meu mestre mora a milhões de luz em lugares que ainda não existem
Longas linhas de prata me ligam ao vil absenteísta
Que me guia pelos rios de queijo
Em suas profundezas há a casa em que o Sol nasce
Corpo de homem, cabeça de cão
Uma mentira e seu guardião
Lugar aonde meus fios não chegam
Apenas seja sem ser
Se você quer o terceiro olho do furacão
Não deixe sua luta ser em vão
É muito fogo para pouca pira
Em quanto o rio de queijo segue reto em um mundo torto
Absenteísta
São muitas lutas a serem travadas nas costas de um elefante
Oh não, não eu!
Não sou o assassino da adaga de plumas
Me enrraízo na areia movediça
Faça de mim uma árvore e um lobo
O contador de histórias narra o movimento das areias do tempo
Em um mundo sem areia e nem tempo
Apenas a vastidão de uma cor
Meu mestre me guia além da minha consciência
Na mais absoluta ausência
São só sonhos feitos de carne
Em um mundo onde nada mais importa
Coelhos... Muitos coelhos
Dividem-se nas encruzilhadas da vida
Agora nossos caminhos se separam
Os coelhos estarão sempre me acompanhando
Em quanto o macaco permitir que existam
O queijo acabou
O céu violeta acabou
Minhas mãos estão amarradas por um fio de prata
Meu mestre não existe...
Ainda...
Absenteísta
E tudo estará acabado quando alguém comer a cereja