Absenteísmo

Existe um mundo novo dentro da velha cereja

Um céu que resplandece na infinita cor violeta

Não eram tigres, mas tigresas dentro do olho de vidro

Dado ao criador morto, pelo meu mestre

Criador morto do grande rio de queijo

Pelo qual navego faminto na vastidão amarela

Lentamente sendo devorado pelas serpentes do rio

Sou só marionete, longos fios saem de mim

Meu mestre mora a milhões de luz em lugares que ainda não existem

Longas linhas de prata me ligam ao vil absenteísta

Que me guia pelos rios de queijo

Em suas profundezas há a casa em que o Sol nasce

Corpo de homem, cabeça de cão

Uma mentira e seu guardião

Lugar aonde meus fios não chegam

Apenas seja sem ser

Se você quer o terceiro olho do furacão

Não deixe sua luta ser em vão

É muito fogo para pouca pira

Em quanto o rio de queijo segue reto em um mundo torto

Absenteísta

São muitas lutas a serem travadas nas costas de um elefante

Oh não, não eu!

Não sou o assassino da adaga de plumas

Me enrraízo na areia movediça

Faça de mim uma árvore e um lobo

O contador de histórias narra o movimento das areias do tempo

Em um mundo sem areia e nem tempo

Apenas a vastidão de uma cor

Meu mestre me guia além da minha consciência

Na mais absoluta ausência

São só sonhos feitos de carne

Em um mundo onde nada mais importa

Coelhos... Muitos coelhos

Dividem-se nas encruzilhadas da vida

Agora nossos caminhos se separam

Os coelhos estarão sempre me acompanhando

Em quanto o macaco permitir que existam

O queijo acabou

O céu violeta acabou

Minhas mãos estão amarradas por um fio de prata

Meu mestre não existe...

Ainda...

Absenteísta

E tudo estará acabado quando alguém comer a cereja

Hanttu Monkeymann
Enviado por Hanttu Monkeymann em 17/01/2013
Reeditado em 06/01/2014
Código do texto: T4089250
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