TORMENTA.
É chegada a noite,
Onde mais uma vez você é minha tormenta.
Faz-se bebida,
Enche meu copo e sozinha me desce à garganta,
Só pelo prazer de dominar meu cérebro.
Oferece-me carona em suas fantasias,
Faz-me rir com suas piadas,
Enlouquece-me com seus beijos,
E me apresenta seu corpo,
Como um troféu em armadilhas,
Onde no final,
Elevas-me ao mais alto monte,
Lá me abandonas sem sequer me ensinares a voar.
Nasce um novo dia e minha vida reassumo,
Sem deixar que alguém perceba o medo que me abala...
Medo que em um amanhecer,
Ao sair de meu quarto,
Você esteja a me esperar,
Parada ali em minha sala,
Ainda a me desafiar.
Gomes