M A Z E L A S
Um tiro certeiro, um corpo no chão
Talvez apenas por alguns trocados
Vemos fatos assim tresloucados
Para saciar um vício pernicioso
A peste da droga tem que estar na mão
Trabalho incessante, salário pequeno
A deficiência do transporte coletivo
O dia todo fora, da família um fugitivo
Sai bem cedinho, retorno só à noite
Toma chuva, leva poeira, além do sereno
A fome castiga alguns brasileiros
Moradia para muitos é a favela
Mesmo assim acham a vida mui bela
Não tem jeito a dar, não tem querer
Vivem aqui ou ali, são bandoleiros
É a política de um país sem escrúpulos
De gestores que só pensam em roubar
São prefeitos, governadores, só a enganar
Juízes que não cumprem as leis
Tratando a gente como seres minúsculos