Profundo Obscuro
No profundo obscuro da mente humana
Onde esconde-se o limiar da imaginação
As imagens são puros distorcidos reflexos
Oriundos da cogitação intelectual
Porém não menos parva concepção racional.
Devaneios se tornam verdades surreais
Descritivas e improfícuas conclusões
Quando muito mais tão somente quimera.
Abjetos sentimentos tomam forma
E numa súbita troca de segundos
Suplantam desfraldados valores pueris.
No profundo obscuro da mente humana
Onde perde-se a acepção soberana
As idéias ressoam por entre implicações
Perenes e recorrentes vibrações
Desprovidas do imo nato e basilar
O umbrático convida a inócua realidade
A pousar nos ombros da abdução
E dormir o sono dos justos
As pradarias do conhecimento se vão
E cedem lugar a equívocos conceitos
Numa vagarosa e sublime oscilação
No profundo obscuro da mente humana
Talvez encontre-se decerto nobre ensejo
Que abone meus atos
E elucide minha existência!