Sinto nas lagoas silentes...
Sinto nas lagoas silentes
a minh'alma adormecida acordar de novo:
e dum jorro na face colorir
aos meus olhos — e num enlevo
ver o mundo precioso.
Renasce a terra.
Ela está imóvel.
E o frio dos mares enregela
aos meus pés.
De norte ao sul do globo,
onde a relva é salpicada
e onde teu colo é morno,
Sinto-me acolhido entorno
das fantasias encantadas
das fábulas de esopo.