O VELHO THOMPSON E A FORÇA DE DEUS

O velho Thompson não tinha como escapar

O bandido lhe apontava uma arma na cabeça

Pediu a Deus: que nada de mal lhe aconteça

Tinha família, queria poder vê-la ainda

Estava em terras de sua propriedade

Era um sítio que parecia deserto

Ali somente ele, mais ninguém por perto

Como pode aquele intruso ali chegar?

Lembrou de seus netos ainda pequeninos

Da alegria da esposa quando em casa chegava

E as missas dos domingos que freqüentava

Será que não teria mais esse prazer?

O cano da arma cutucou sua fronte

Fazendo o velho Thompson parar de pensar

A chave do cofre o bandido queria pegar

Obrigando que dissesse onde estava

Alguém havia informado o meliante

Que não podia tal detalhe conhecer

Queria dinheiro e jóias, depois desaparecer

Antes faria o sangue do velho jorrar

Thompson não tinha alternativa senão orar

Súbito um facho de luz paralisou o bandido

Que logo estremeceu e ficou aturdido

Deixando cair a arma em meio ao capim

O velho Thompson agora estava em paz

Saiu apressado para pedir ajuda

O que Deus faz o homem não muda

Não houve sangue nem se concretizou o roubo

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 20/07/2012
Código do texto: T3787706