O VELHO THOMPSON E A FORÇA DE DEUS
O velho Thompson não tinha como escapar
O bandido lhe apontava uma arma na cabeça
Pediu a Deus: que nada de mal lhe aconteça
Tinha família, queria poder vê-la ainda
Estava em terras de sua propriedade
Era um sítio que parecia deserto
Ali somente ele, mais ninguém por perto
Como pode aquele intruso ali chegar?
Lembrou de seus netos ainda pequeninos
Da alegria da esposa quando em casa chegava
E as missas dos domingos que freqüentava
Será que não teria mais esse prazer?
O cano da arma cutucou sua fronte
Fazendo o velho Thompson parar de pensar
A chave do cofre o bandido queria pegar
Obrigando que dissesse onde estava
Alguém havia informado o meliante
Que não podia tal detalhe conhecer
Queria dinheiro e jóias, depois desaparecer
Antes faria o sangue do velho jorrar
Thompson não tinha alternativa senão orar
Súbito um facho de luz paralisou o bandido
Que logo estremeceu e ficou aturdido
Deixando cair a arma em meio ao capim
O velho Thompson agora estava em paz
Saiu apressado para pedir ajuda
O que Deus faz o homem não muda
Não houve sangue nem se concretizou o roubo