Indisciplinados Versos
Celebriza meu sangue
Contemporiza a morte
Num elo de vida e eterno...
Capta a essência da dor
E retira a medida exata
Deste teto já cansado...
Pousa como pássaro
E repousa meu coração
Repleto de um alçapão...
Busca a vida tão escondida
Na emoção da quase morte
Abelha rainha de toda paixão...
Arrepia minha espinha
Sem qualquer sensação
Conserva alguma emoção...
Silencia a lágrima corrente
E numa canção suprema
Vivente a Branca Musa...
Desdenha desta facada
Salva meu suposto verso
Do inferno sem filosofia...
Espanta esta maldição
Que adoece minh'alma
E goza na tempestade..
Derrama tuas águas
Levanta a Primavera
Doa-me uma rosa...
De qualquer cor
Seja de quem for
Para meu solitário...
E o elo do mistério
Declinará do suplício
E reinará a Beleza...
A pena tem pena
De meu verso pobre
Coitado judiado pelo sangue...
Renova a veste vermelha
Dá-me o manto branco
Repleto de lírios...