O silêncio Enlouquece
O silêncio enlouquece!
O silêncio enlouquece
Com vozes roucas que não sei...
Não vivo por este instante
Por esta calma,
Esta arma confortante...
Não morro esta noite!
Cá estou no abismo
Ser confuso
Indeciso...
O som ensurdece!
O som ensurdece com arpas de vazio
E versos de nada.
Nem canções
Nem homens
Não há samba
Pernas e bundas bambas...
Não, não haverá balanço!
Eu calo!
Eu calo
Como o relógio que paro
Observo a inerte sensação de chegar
No lugar
Nos altares
E Jah me espera
Com a fúria dos novos tempos
E o sangue da nova era...
Gritos me chamam!
Os gritos me chamam
As vozes cantam preces
No canto as chamas dançam
Com arpas de vazio...
O silêncio enlouquece!