INSÔNIA

A noite era um bicho no meu pensamento

Um lobisomem cabeludo escondido

Atrás da porta do meu quarto

E eu praguejava por o sono ter perdido

E em ti não conseguia nem pensar

Na profundeza do cansaço tão tardia

Sobre o passar do dia amargo turbulento

No stress e corre corre do dia a dia

A noite era feia e eu estava sozinho

Era hora do nocaute que um amigo recomendou

Para que no turbilhão de medos e ânsias

Fosse o bálsamo para o que me aflorou

O calor fez sua parte me cutucando

E o ventilador que deixava a cortina pejada

Só soprava vento quente com hálito de deserto

Era incomodo era insônia era cama suada

Comecei a ficar sonolento, o bicho fugiu

Relaxei e comecei a agradecer ao nobre Galeno

Você começou a encher meus espaços

Não medo, nem deprê, só você e um sono ameno... (Dormi)