A BATALHA DA LOUCURA
Ainda que então premente, sim eu me oponha,
Na distância desta minha realidade, findando...,
Sou eu um vasto castigo!
Que destino fiz ser, um tosco poço de vergonha,
Qual lá nas paredes deste, vivo eu..., chorando,
A morder-me o que fustigo!
Um alvo sem saber o que se imita sem bravor,
Muito maior do que já a grande e podre vida,
Desumana em sua validade!
É a pena, da batalha que eu travo com horror,
E esta mesma não me dá tréguas, é engolida
Num espelho de insanidade.
Ah! Meu eu por dentro, o que eu fiz me diga?
Que a mente não mais ajuda e nem mais sente,
O que foi ser feliz um dia!
E já não está costurada, nem a maldade inimiga,
Que se deixava usar mesmo num ato demente,
Minha dor que o peito ardia!
Quando cruz é guerra; da mente, alma e carcaça;
Vestida existência, que agora de mim se despede,
Devorando-se sem ufanares...,
...Preso pela mão da loucura que não me rechaça,
Não a enfrento sem razão, o que falta ela me cede;
Dois mortos, em dois altares!