ME OLHA
COM AS PUÃS APONTADA
VEM PARA O MEU LADO
O DONO DO CONTINENTE
DESLIZO NO LIMO
CAIO SENTADO NA POÇA
PASSA POR CIMA DE MIM
BANDEIRA BRANCA PEÇO PAZ
TÃO FORTE QUE FICA AMARRADO
NA CIDADE DE LUZ NEON
TÃO FRÁGIL E HABILIDOSO
BAILA GARBOSAMENTE EMBAIXO DA CADEIRA
AI DE MIM TER NAS MÃOS AMENDOÍM
SEREI A SUA VÍTIMA APETITOSA
IREI PARA O HOSPITAL MAIS PRÓXIMO
ENQUANTO O RÉU DESCANSA NA ARVORÉ
ME FASCINA O SEU ANDAR DESENGONÇADO
NA SUA CARAPAÇA SEM CRINA
COR DE LUZ DE LAMPARINA
JEITO MOLEQUE BEIJA A PERNA SALGADA DA MENINA
WWW.MCKLEIN.PROSAEVERSO.NET
Acesse o link abaixo e assine o abaixo assinado pela criação da Delegacia de Proteção dos Animais em Minas Gerais, esta luta é nossa. Antecipadamente agradeço a colaboração. É uma proatividade da Recantista Zizi Santos.
http://defesaanimalmg.blogspot.com/p/abaixo-assinado.html
( ... IMAGEM GOOGLE ... )
A cata do caranguejo é a principal fonte de renda para muitos ribeirinhos do nordeste do Pará. Um trabalho difícil e cansativo, que começa muito antes do sol nascer.
A cidade de Bragança está bem próxima a uma das comunidades que mais possui áreas de manguezal, de onde é capturado o caranguejo. Quatro mil famílias garantem o sustento do comércio nas feiras e da captura do caranguejo no mangue.
Termina a estrada e chega-se ao acesso à reserva extrativista da comunidade do Treme. Ainda na madrugada, muitas embarcações se reúnem e os pescadores se preparam para seguir viagem.
“Se a gente não sair agora, mais tarde a maré seca e a gente não sai”, justifica Manoel Luiz Mescoto, catador de caranguejo. A viagem noturna é longa. Só se chega ao destino após o dia amanhecer. Apenas o fogo da lamparina ajuda a orientar a tripulação. Luiz é o mais experiente do grupo.
Durante a viagem, a tripulação costura roupas e prepara equipamentos. Para entrar no mangue é preciso proteger o corpo todo. Às 7h30, o grupo chegou a uma área de mangue onde o trabalho de coleta será iniciado. Mas antes disso é preciso estar bem alimentado. No cardápio, charque assada na brasa, calabresa e farinha.
Após o café-da-manhã, é hora de se preparar para entrar no tijuco, como é conhecida a lama preta do mangue. O sapato para enfrentar o manguezal é artesanal, feito de tecido, fio de varal e sola de pneu de bicicleta.
Na caminhada dentro do mangue é preciso habilidade para não afundar o corpo todo no terreno pantanoso. São mais de cinco horas até chegar aos melhores pontos de captura do caranguejo.
Na lama e entre muitas raízes, todos permanecem horas e horas praticamente camuflados de lama. “Eu tirei 31carangueijos em duas horas de trabalho dentro do mangue. Às vezes, os filhos pedem um pão que falta e eu não tenho dinheiro para comprar o pão. Me emociona porque não tenho para dar”, disse Antônio Prached, catador de caranguejo.
Depois de mais 12 horas de trabalho no mangue chega o momento de voltar para casa com a esperança de que amanhã seja um dia melhor. Em média, os catadores vendem o cento de caranguejos por R$ 20.
Fonte: Portal Amazônia