Noites insulares
Mergulho nas noites com águas calmas e verdejantes
Que surra as rochas transpirantes.
Me deixo levar sobre cama de espuma
Que se dirige a porção de terra
Enfeitadas por verdes serras e florais dunas.
Na pequena praia desmaio em noites insulares,
Perdendo a consiência, a realidade e habitando
As pequenas conchas como lares.
Quando retorno a mim faço do meu sangue a tinta,
Escrevendo no solo arenoso,como quem brinca.
E das árvores das serras saem carnívoras borboletas
Que puxam e devoram do solo úmido todas minhas letras.
Noites insulares,
Você não passa de uma mentira,
Um conto dos velhos mares.
Suas águas verdejantes
São usadas como um falso calmante
Que servem para atrair e ancorar definitivamente os seus viajantes.
Na pequena praia desmaio em noites insulares
Perdendo a consciência,a realidade
Habitando as pequenas conchas como lares.
Na pequena ilha,tenho um trono de cracas e pedras,
Uma coroa de pérolas e as mãos atadas por sanguinárias moréias.