Noites insulares

Mergulho nas noites com águas calmas e verdejantes

Que surra as rochas transpirantes.

Me deixo levar sobre cama de espuma

Que se dirige a porção de terra

Enfeitadas por verdes serras e florais dunas.

Na pequena praia desmaio em noites insulares,

Perdendo a consiência, a realidade e habitando

As pequenas conchas como lares.

Quando retorno a mim faço do meu sangue a tinta,

Escrevendo no solo arenoso,como quem brinca.

E das árvores das serras saem carnívoras borboletas

Que puxam e devoram do solo úmido todas minhas letras.

Noites insulares,

Você não passa de uma mentira,

Um conto dos velhos mares.

Suas águas verdejantes

São usadas como um falso calmante

Que servem para atrair e ancorar definitivamente os seus viajantes.

Na pequena praia desmaio em noites insulares

Perdendo a consciência,a realidade

Habitando as pequenas conchas como lares.

Na pequena ilha,tenho um trono de cracas e pedras,

Uma coroa de pérolas e as mãos atadas por sanguinárias moréias.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 22/01/2012
Reeditado em 01/05/2012
Código do texto: T3455749
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.