o gnomo do recanto




Uma vez,entre jacintos,ciclamens e rubras verbenas
Querendo,na busca,desta sonhada ventura,um dia,entrei
Neste ermo,solitario recanto,ouvir a voz do silencio,apenas
Sobre branca pedra,oculto na sombra,um gnomo encontrei

“Oh! Elemental duende,ajuda-me,da ventura,ter a real visão!”
Posto que,cego as cores e belos matizes,suplico descer as trevas
Infeliz,sou,não nego,mas,como ensinar da virtude,meu coração?
Que,em louca repulsa,ameaça arrancar todas as flores da terra !

Ah!ardilosa e irriquieta criança,que neste recanto,anima e canta
Ajuda-me,de um jeito ,que minha alma perdida,assim,implora
Ainda que, vertiginoso rodopio,dance a dança que não se dança !
Inebriado,arrebatado,ainda que,em feliz loucura,agonize,agora...

E,que de tanto viver maviosa alegria,minha alma, sereno pranto
Viveu,de um eterno momento,o que sentira,pleno num segundo...
Saltitando,sobre corolas das flores,feliz,o gnomo deixou o recanto
Entre jacintos,ciclamens e verbenas,sonhei os sonhos do mundo!