aconchego
 
durmo o sono acalentado
pra que sejam verdades
pra que eu possa me contatar
com anjos e fadas
e com juras da eterna idade

acordo com o som que não existe
mas,  ele persiste
queria estar contigo...
sentir o seu respirar
estar diante da vida...
... e me alegrar

viver é o existir pra sentir
mas vivo sem poder existir
sonho com dúvidas a se revelar
...com ocultas declarações
pois, sem me declarar vivo o dia 
e durmo na imersa solidão
nada me traz alegria
nem, tampouco, razão

a miserável nostalgia
  soa sem eco
enquanto  a dúvida
me diz  do que posso entender
 vida - a incógnita...
onde peco do que há...
do que acontece desse acontecer

seria eu um tanto feliz
 se tu lesse no meu olhar
quando  a ti me achego

seria tão mais singelo
o que se haver entre nós...
demonstrado nesse aconchego
seria, até, possível
não ficarmos, tão, sós
mas... quando...quando...
até quando...
a gente vai levar o tempo
 nessa espera ruim?
pois que a espera
 é um não sei quê do nada esperando

...o tempo urge...
 e dentro desse tempo, sem fim,
...te busco...
 o nada pode acontecer

ou quem dera
estarmos caminhando

e.  no cruzar da jornada ...
pode ser...
pode ser...
estarmos nos desencontrando
ou...nos encontrando sem saber

procuro  na dor ...
o aconchegar da história...
o deleite de uma primavera surpresa
no final dessa louca
e vã espera inglória
enquanto o meu sorriso
 não vê o seu
seremos dois desencontros...
com certeza...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
rigveda
Enviado por rigveda em 27/10/2011
Reeditado em 04/10/2012
Código do texto: T3301445
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