ouvindo meu nascer...

Ouvi o choro de meu nascer,e voltei no tempo

Ah!Meu bercinho de vime,lento, ainda balança...

Minh'alma dançou ciranda ao sabor do vento

Segredos confiados aos brinquedos de criança

Mas,não encontrei idéias que me fizessem pensar

Da razão verdadeira, de minha vida,sentido puro!

Onde teria deixado ideais de menino, em que lugar?

Na ânsia de encontrar ,mas de um jeito, tolo e seguro.

Batia,esmolando em minha própria porta,por um caminho

Posto que perdido, estranho labirinto,não me deixava ver

Ouvi, em meu nascer ,maternos murmurios de carinho

Que,no silencio , ao seio ,,embalava meu Ser...

No que sussurros de minha madre divina ecoaram,enfim

Senti que desistira de ,no claustro frio,a morte esperar

Eis que, de meu berço, balbuciava alegre, para mim

“Deixa livre, minh' alminha, a beleza do mundo,sonhar!