MAR DE ABSTRAÇÃO
Pela minha vida passa uma correnteza que me arrasta.
Contra ela nado de braçadas.
Não consigo sair do lugar – avanço e retrocedo.
Às vezes deixo-me boiar sendo levado para os braços da corrente.
reluto – dou braçadas
quero sair deste rio que corre para o norte
insisto
mudo minha sorte
Vou nadando, debatendo-me
lutando nesta água em corte
Águas impetuosas
Águas do rio que se chama Corrimão
Rio caudaloso que me arrasta levando-me para o MAR DA ABSTRAÇÃO.
L.L. Bcena, 21/11/1999
POEMA 281 – CADERNO: ROSA VERMELHA.