Sobrevivendo ao caos da falta de inspiração
No espelho das horas, observo meu ímpeto
Que é um pouco relapso de tão sonhador.
Queria setecentos mil minutos para um novo poema
Mas ele desaparece no ar
Feito uma bolha de sabão
Que não teve tempo de vida, tampouco dilema...
No olhar atento do meu cuco retrô
Todas as coisas mudaram de estado,
Talvez por causa da falta de plano
E uma insônia maldita retida no lóbulo central.
Queria domar umas vísceras vorazes
Assombrando lápides dos tesouros marítimos,
Queria setecentos mil minutos para um novo poema
E adormecer exausta, inerente e extasiada
Nos braços poéticos dos vocábulos mais íntimos!!!