Outra Cirurgia II
Anestesia
Fez o que queria,
E largou algo no chão.
Foi sempre assim, sem maestria,
Sem amor nesse maldito coração.
Tirando o dia para agonias,
É assim que te carrego comigo,
Nesta anestesia vermelha,
Carrego um riso antigo.
É uma resposta tardia,
Pelo amargo de ódio que eu sinto.
Poderiam tirar de mim você,
Como me tiraram aquele tumor qualquer.
Deserto
Demônio aquele,
Menina sem coração.
Além de te arrancar o teu,
Te deixou na solidão.
Como você é coitado,
Você me convence sobre o seu sofrimento,
Mas por minutos friorentos,
Eu sei quem és de verdade.
Um coitado! Ele sofre, minha gente!
Aquela menina, maldito Sucubus.
De olhos castanhos e cabelos loiros.
Ela veio do inferno, e não voltará!
(Em resposta a Cirurgia, de alguém)